terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O Livro e a América



Talhado para as grandezas,
Pra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir.
— Estatuário de colossos —
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
"Vai, Colombo, abre a cortina
"Da minha eterna oficina...
"Tira a América de lá".

Molhado inda do dilúvio,
Qual Tritão descomunal,
O continente desperta
No concerto universal.
Dos oceanos em tropa
Um — traz-lhe as artes da Europa,
Outro — as bagas de Ceilão...
E os Andes petrificados,
Como braços levantados,
Lhe apontam para a amplidão.

Olhando em torno então brada:
"Tudo marcha!... Ó grande Deus!
As cataratas — pra terra,
As estrelas — para os céus
Lá, do pólo sobre as plagas,
O seu rebanho de vagas
Vai o mar apascentar...
Eu quero marchar com os ventos,
Corn os mundos... co'os
firmamentos!!!"
E Deus responde — "Marchar!"
>
"Marchar! ... Mas como?...  Da Grécia
Nos dóricos Partenons
A mil deuses levantando
Mil marmóreos Panteon?...
Marchar co'a espada de Roma
— Leoa de ruiva coma
De presa enorme no chão,
Saciando o ódio profundo. . .
— Com as garras nas mãos do mundo,

— Com os dentes no coração?...
"Marchar!... Mas como a Alemanha
Na tirania feudal,
Levantando uma montanha
Em cada uma catedral?...
Não!... Nem templos feitos de ossos,
Nem gládios a cavar fossos
São degraus do progredir...
Lá brada César morrendo:
"No pugilato tremendo
"Quem sempre vence é o porvir!"

Filhos do sec’lo das luzes!
Filhos da Grande nação!
Quando ante Deus vos mostrardes,
Tereis um livro na mão:
O livro — esse audaz guerreiro
Que conquista o mundo inteiro
Sem nunca ter Waterloo...
Eólo de pensamentos,
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade vooul...

Por uma fatalidade
Dessas que descem de além,
O sec'lo, que viu Colombo,
Viu Guttenberg também.
Quando no tosco estaleiro
Da Alemanha o velho obreiro
A ave da imprensa gerou...
O Genovês salta os mares...
Busca um ninho entre os palmares
E a pátria da imprensa achou...

Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.

Vós, que o templo das idéias
Largo — abris às multidões,
Pra o batismo luminoso
Das grandes revoluções,
Agora que o trem de ferro
Acorda o tigre no cerro
E espanta os caboclos nus,
Fazei desse "rei dos ventos"
— Ginete dos pensamentos,
— Arauto da grande luz! ...

Bravo! a quem salva o futuro
Fecundando a multidão! ...
Num poema amortalhada
Nunca morre uma nação.
Como Goethe moribundo
Brada "Luz!" o Novo Mundo
Num brado de Briaréu...
Luz! pois, no vale e na serra...
Que, se a luz rola na terra,
Deus colhe gênios no céu!...

                                                               Castro Alves
 

Do livro: "Poetas Românticos Brasileiros", vol. I, Editora Lumen, SP, s/ano 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

OÁSIS


Fico olhando o horizonte
Perdido e resoluto
Num olhar penetrante
Profundo e absoluto!

Sem nenhuma vontade
De trabalhar, e de sonhar,
 Sinto a beira da maldade
Empurrando-me a espreguiçar!

Ah essa tristeza que não passa!
Quero muito me desvencilhar
Deste ano mais sem graça
Que insiste que não quer acabar!

E assim eu vou levando
Esses meus últimos dias
Dia sim vou trabalhando
Dia não são agonias!

As semanas me são sérias
Quando também me é o ano!
Ah venha logo minhas férias
Que a muito eu te amo!

By Osny S. Alves, Professor.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Sabor da Escrita



Como é gostoso escrever
Sobre tudo e sobre amor
E o que se quer aprender
Nas aulas de um professor!
Amo escrever sobre tudo
Das férias e da feira cultural
Escrever é passear pelo mundo
E aprender é algo sem igual!
A escola é a ponte que une
A ignorância ao conhecimento
O desejo do mestre é o vislumbre
Na reta final do ensinamento!
Um ano termina e o novo surge...
Levando consigo os donos do amanhã!
A cada amanhecer a esperança urge
Trazendo nos livros mais um talismã!
Com o apoio de nossa diretoria de Ensino
E da querida secretaria da educação
Colocamos no prumo cada menino
E a cada menina mostramos a direção!
Como é gostoso escrever!
Qualquer que seja o tema ou a razão...
Faz-nos aprendermos a aprender
E deletar de uma vez por todas a evasão!

(Alves, Osny de Souza. Professor de Língua Portuguesa da EE Profª Márcia Ap. da Silva F. Ries)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL



Que bom que essa escola
Tem a prova institucional
Aqui não é só jogar bola!
Tratam de igual pra igual!
Caem todas as disciplinas
Numa chuva de questões
O saber é uma obra prima
Se não sabe ouve trovões!
Sempre me divirto a valer
Toda vez que tem avaliação,
O 10 ainda eu irei ter...
Mas o que vale é a redação!
Um grande 09 eu almejo
A cada prova realizada!
Mas o “10” é o meu desejo!
Esta nota é idolatrada!
Por isso é que estudo!
Em minha Escola Querida!
Nela eu viajo o mundo.
Viva a EE Márcia Aparecida!

Autor: Alves, Osny de Souza. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Nossa Literatura

Ela rege a nossa gramática
Feito uma linda orquestra,
Como conta de matemática
Com as letras faz uma festa!
As palavras bailam ao toque
E aos estalos de seus dedos
Seja destaque ou enfoque
Ela tem os seus segredos!
Ensina-os com maestria
E como gostar do idioma,
Aprendemos com alegria
O conhecimento é o sintoma!
Trata as letras com carinho
Literatura com mais carícia
A língua portuguesa é o caminho
Salve a Professora Patrícia!
By Osa

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A VIDA

A nossa vida são montanhas
Que temos que escalar,
São altas e estranhas
Uma paisagem de encantar!

A nossa vida é uma escada
Que vamos ter que subir,
E aquele que não sobe nada
Com certeza vai cair!

Nossa vida é uma fortaleza
De conquistas e derrotas
Se você vence é uma beleza...
Se não é como caminhar de costas!

By Dourado, Alisson Santos.
Nº3 – 6ªA

SEM VOCÊ

A noite se inspira no dia,
Pois só anoitece quando o dia se vai.
Se um dia você se for eu vou chorar,
Pois você só me ensinou a lhe amar!
Perder você é uma sina e lhe amar é uma razão...
Você só me ensinou a lhe amar!
E agora você não sai do meu coração

By Sales, Daniel Ribeiro.
6ªA - Nº08